quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Ano Novo Tamil


No dia de Ano Novo, no estado de Tamil Nadu (Sul da Índia), as pessoas preparam um molho picante com frutas - doce, azedo e amargo - e comem-no, como sinal de estarem dispostas a enfrentar todas as situações da vida com equanimidade. Tanto a tristeza como a felicidade deveriam ser tratadas de maneira semelhante, como dádivas de Deus.”


Sathya Sai Baba









“...O Ano Novo tem que ser santificado por pensamentos sagrados e sentimentos amplos. Hoje a humanidade está acometida por medos e inquietações. A coragem e a força estão em declínio, porque vocês têm pensamentos profanos e sentimentos maus. Seus inimigos não estão do lado de fora. Seus pensamentos maus são seus piores inimigos e pensamentos baseados na Verdade são seus melhores amigos. Mas, hoje, as pessoas não são amigas dos pensamentos baseados na Verdade, que são essencialmente divinos. Vocês têm que fazer amizade com Sath, a eterna verdade. Sath significa Ser, o sempre existente Deus. Os amigos e os inimigos deste mundo mudam com o tempo, mas Sath é o amigo eterno e verdadeiro. Este amigo está sempre com vocês, em vocês, ao redor de vocês, acima de vocês, embaixo de vocês e os protege assim como a pálpebra protege o olho.
...Hoje o Ano Novo começou. Com sagrados sentimentos e pensamentos divinos, cultivem o espírito do amor em vocês. Deus não é encontrado separadamente em um templo ou em um Ashram, etc. A Verdade é Deus. O Amor é Deus. Dharma é Deus. Quando vocês adoram a Deus segundo estes princípios, Ele próprio Se manifestará em seguida. Não há dúvida sobre isto. Vocês devem amar a Deus sinceramente. Orem a Deus e façam amizade com Ele. Vocês podem atingir qualquer coisa se tiverem Deus como seu amigo.
O que vocês têm que aprender hoje é preencher seus corações com amor e adornar suas mão com o ornamento do sacrifício. O sacrifício é a jóia para as mãos, a Verdade é o colar que vocês devem usar. Vocês devem desenvolver o hábito de usar estas jóias no Ano Novo. Neste Ano Novo, desenvolvam o amor divino e promovam a paz no país. Vocês devem orar com um sentimento amplo: Loka Samastha Sukhino Bhavantu (Que o mundo todo possa ser feliz!) Comecem o Ano Novo com esta oração. Então, vocês levarão uma vida extremamente feliz e tranqüila, repleta de entusiasmo. Para levar tal vida, vocês têm que cultivar pensamentos nobres. Então, amem a Deus, façam amizade com Ele e estarão fadados ao sucesso em todos os seus esforços.”


Sathya Sai Baba - Discurso de Ugadi (Ano Novo Télugu)18 de março de 1999



Curiosidades



CHITRA PURNIMA

O décimo Segundo mês do ano Hindu, baseado no calendário lunar, é chamado pelo nome da estrela, durante a ascensão da lua cheia naquele mês em que ocorre. O dia da lua cheia do mês de Chaitra, no Purnima, durante a ascendência da estrela Chitra, é particularmente consagrado ao Chitra guptas, recordando os anjos do panteão Hindu. Uma adoração especial é oferecida àqueles representantes celestes do deus da morte, e uma oferta de arroz temperado é preparada e depois distribuída como Prashada ou alimento sagrado. Um fogo de adoração é feito como enceramento da adoração ritualística. Pela realização desta observação religiosa anual, aqueles anjos de outros mundos ficam muito satisfeitos, e julgam as ações dos homens com mais simpatia.
O efeito psicológico desta adoração, feita no primeiro dia da lua cheia de cada ano (Chaira é o primeiro dos doze meses), vividamente relembra-nos do grande poder de manter constante proteção sobre cada atos nossos neste plano terrestre. Esta memória serve como um controle invisível da conduta de alguém. O conceito de Chitra Guptas é carregado por sobre os ombros como uma poderosa persuasão para mantermo-nos engajados em fazer apenas as boas ações constantemente.
O termo “chitra gupta” significa “retrato escondido”. Um verdadeiro retrato de todas as nossas boas e más ações é preservado num registro etéreo. As personi-ficações Hindus têm o objetivo de adoração. O real significado de adoração do Chitra Guptas é maravilhosamente trazido na seguinte história com ela conectado:
Brihaspati é o Guru ou preceptor de Indra, o rei dos semideuses. Indra desobedeceu Brihaspati, e numa certa ocasião o Guru deixou a sua tarefa de instruirIndra no que ele deveria ou não fazer. Durante o período de ausência do Guru, Indra fez muitas más ações. Quando o misericordioso Guru reassumiu suas obrigações novamente,Indra procurou saber o que deveria ser pago pelas coisas erradas que havia feito na ausência do seu Guru. Brihaspati pediu paraIndra fazer uma peregrinação.
QuandoIndra estava na peregrinação ele, repentinamente, sentiu a angústia dos pecados sair de cima de seus ombros num certo local (próximo a Madurai no sul da Índia), e ali ele descobriu um Siva Lingam. Ele atribuiu a este Lingam um milagre e procurou construir um templo para Ele imediatamente. A partir disto, ele desejou realizar a adoração do Lingam; o Senhor, em pessoa, fez surgir lótus dourados num lago próximo. Indra ficou imensamente satisfeito e abençoado. O dia no qual ocorrer esta adoração ao Senhor é o Chitra Purnima.
Quando você realizar a adoração no dia do Chitra Purnima, lembre-se desta história. Se você tiver intensa fé, e se você sentir-se com o coração apertado é que você deve ter cometido algum pecado por conta da ignorância, se você rezar com fé e devoção para o Senhor perdoar seus pecados, e se você resolver jamais cometê-los no futuro, e se você resolver obedecer ao seu Guru e jamais desprezar os seus conselhos, então seus pecados serão perdoados. Não há dúvidas sobre isto. Este é o significado da história de Indra acima. Medite nesta história no dia de Chitra Purnima
As escrituras Hindus prescrevem adorações elaboradas para o Chitra Gupta neste dia. A Deidade é invocada numa imagem ou um Kalasa (vaso cheio com água), e então adorada com todos os rituais e formalidades de adoração oferecidas para a imagem de Deus. Medite no Chitra Guptas, recitando os seguintes versos:
Chitra guptam mahaa praajnamlekhaneepatra dhaarinam; Chitra-ratnaambara-dhaararn madhyastham sarvadehinaam.
Então realize os rituais de adoração com incenso, cânfora, flores, etc. Alimente alguns Brahmins, alguns pobres e necessitados. Dê abundante caridade, e receba as bênçãos do Senhor.

(fonte: www.gita)



Ano Novo do calendário hindu

artigo de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

No calendário hindu, o dia começa com a aurora, ou seja, no momento do nascer do sol, no horário local. O início do ano varia segundo as regiões Ronaldo Rogério de Freitas Mourão é astrônomo, criador e primeiro diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins, autor do Anuário de Astronomia e Astronáutica 2007. Artigo publicado no “Estado do Paraná”:O Ano Novo hindu de 1929, associado ao início da primavera no hemisfério norte, começa na próxima quinta-feira, 22 de março de 2007.O calendário hindu, usado na Índia na época védica, sofreu muitas mudanças e modificações no processo de regionalização de acordo com as diversas tradições regionais que deu origem, por um lado a sua atual subdivisão nos modernos calendários indianos regionais e, por outro lado, no calendário nacional indiano.A maior parte dos fundamentos destes sistemas calendários derivam do esquema originalmente enunciado no Jyotish Vedanga, uma das seis partes que compõem os Veda, elaborados entre os séculos XIV e XII a.C. que, após ter sido, padronizado no Surya Siddhanta, no século III, que foi reformulado por astrônomos como Aryabhata (476-550), Varahamihira (505-587), Bhaskara (1114-1185), e Fatehullah Shirazi (século XVI).No entanto, apesar da colaboração destes astrônomos, as diversidades de tradições regionais associadas aos cálculos dos astrônomos deram origem a variantes, assim como uma rica variedade de concepção calendárica.No calendário hindu, o dia começa com a aurora, ou seja, no momento do nascer do sol, no horário local. O início do ano varia segundo as regiões.No sul da Índia, o Ano Novo é o primeiro dia do mês Chaitra (março); a leste e ao centro, adota-se o primeiro dia de Kartik (outubro) e finalmente para a comunidade Tamul, o Ano Novo é celebrado no mês Vaishakh (abril).Os meses hindus começam na lua nova em algumas regiões e na lua cheia em outras regiões. De toda maneira, o calendário hindu está baseado no movimento da Lua e compreende doze meses de 29 dias e meio.Os doze meses completam, portanto, um total de 354 dias, ou seja, 11 dias de menos do calendário solar. Para compensar essas diferenças, introduz-se um mês suplementar - Adhik Maas - adicionado periodicamente para sincronizar o calendário com as estações.O mês lunar é dividido em quatro semanas, sendo que cada dia leva o nome de um planeta. Como todos os outros países, a Índia tem um calendário solar para afins administrativos (político, negócios e viagens) e vários outros religiosos e tradicionais.


Calendário nacional

A instituição do calendário nacional solar teve por finalidade unificar a multiplicidade de calendários que existiam na Índia.Com efeito, a diversidade cultural da Índia é particularmente estonteante, podendo parecer mesmo excêntrica até mesmo quando se trata de contar os dias. Os hindus utilizaram diferentes sistemas de datação assim como de calendários.Até vários deles estão em uso de modo que poderão ocorrer no território indiano duas ou três celebrações de Ano Novo em cada mês.Em 1953, Srï Jawäharläl Nehru - Líder da Independência e Primeiro Ministro da República - relacionou a existência de pelo menos 30 calendários na Índia.Com efeito, estes diferentes calendários eram utilizados para determinar a data de comemoração das diversas festas religiosas dos hindus, dos budistas e dos jainistas.Esses calendários eram sobretudo baseados em práticas astronômicas dos sacerdotes locais e/ou dos fabricantes de calendários (kalnrnayaks).Para unificar os calendários hindus com fins administrativos, o governo indiano nomeou um comitê da reforma do calendário Constituído em 1952 (pouco depois da independência indiana), esse comitê identificou os calendários, todos variantes do calendário Surya Siddhanta, de uso sistemático em diferentes regiões do país.Dentre eles os mais difundidos são os calendários Vikrama e Shalivahana, com suas variantes regionais.Atualmente, o calendário nacional usado na Índia é aquele definido pelo comitê e adotado oficialmente em 22 de março de 1957. A numeração dos anos faz-se a partir do primeiro dia do mês Chaitra de 1879, inicio da era Saka. Os meses do calendário indiano se contam em 30 ou 31 dias.Dentre as variantes do calendário Surya Siddhanta, de uso sistemático em diferentes regiões do país, os mais difundidos são os calendários Vikrama e Shalivahana com suas variantes regionais. Um calendário solar totalmente diferente é usado em Tamil Nadu e em Kerala. 


http://prembaba.blogspot.com.br/2007/04/ano-novo-tamil.html

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         DIWALI - FESTIVAL DAS LUZES         
9 de novembro


Na Lua Nova do mês de Outubro até a Lua Nova de Novembro é realizado o FESTIVAL DIWALI ou DIPAVALLI, também conhecido como FESTIVAL DAS LUZES. É a maior celebração da Índia, as casas são pintadas com antecedência por acreditar-se que LAKSHIMI, a deusa da Riqueza e da Prosperidade, visita e abençoa as casas limpas e iluminadas, de forma que cada um procura acender o maior número de lâmpadas e velas para a Prosperidade entrar na sua casa.LAKSHIMI, a deusa da Fortuna é adorada e reverenciada por todos, principalmente pelos empresários e comerciantes. Belíssima, a sua beleza é comparada com a de Vênus, como também é considerada a esposa ideal pelo seu amor e dedicação. Sua imagem é sempre representada sobre uma flor de lótus, símbolo da pureza e tem uma das mãos levantada em postura de bênçãos de prosperidade. Ela é considerada o aspecto feminino de Deus em todas as suas manifestações.
Considerando conhecimento, amor e discernimento como Luz, que o nevoeiro da ignorância, desamor e egocentrismo procuram ofuscar, vem o Esplendor da Mãe Divina Lakshimi e a Misericórdia de Deus para sempre dissipá-lo, para que a Luz volte a brilhar e sustentar a vida no planeta. Lakshimi, a energia da Mãe Divina que nos alimenta com beleza, harmonia e prosperidade, visita nossas casas e nossos corações. Ela chega derramando sobre a humanidade a abundância, despertando solidariedade, companheirismo, reverência e serviço devotado.
É um Festival que comemora a Expansão da Luz como vida, e a expansão da Luz é a essência do Amor. A luz de uma só lamparina pode acender milhares de outras, sem perder o seu brilho, assim como o Amor quanto mais é oferecido mais dele é abastecido quem o oferece. Onde a lamparina do Amor estiver iluminando, o Amor se manifesta propiciando Luz a partir da Divina Presença. Nossa chama interior, a divina semente de Luz e Sua refulgência, unifica o espírito e a matériaDiwali nos lembra que a centelha divina em nossos corações deve sempre permanecer brilhante e pura, inspirando nossos pensamentos, palavras e ações. Vamos comemorar Diwali celebrando a renovação da vida e a abertura de um tempo de fartura de saúde, amor e realizações prósperas para nossa família, nosso país e toda a humanidade. Juntos somos sempre mais fortes e melhores.      

ORAÇÃO DE LAKSHIMI


LAKSHIMI, Deusa da Prosperidade e da Abundância, abro meu coração e meu lar com muito amor e exuberante alegria para recebê-la no meu Templo interno e no Templo da minha morada.
Que suas bênçãos cheguem a mim trazendo a pureza da flor de lótus, a harmonia nos meus relacionamentos e a prosperidade em tudo o que eu executar com  fé, entusiasmo e altruísmo.
Que o aspecto feminino  de Deus em todas as suas manifestações me tragam intuição, percepção, dedicação e receptividade
, para que eu possa realizar todas as  minhas atividades com alegria e felicidade.
Que sua majestosa beleza 
se reflita em meus pensamentos para que eu possa sentir, falar, ouvir e agir somente com a consciência da minha Presença  Divina.
Que a sua Luz  me envolva dentro de um campo magnético de Abundância para que eu possa ter tudo o que necessito e expandir essa minha Prosperidade para todos.Tudo o que me for ofertado eu abençôo e  consagro para a realização do Plano Divino.
Amada LAKSHIMI, bem vinda 
à minha vida e ao meu lar!
Eu Sou, Eu Sou, Eu Sou a manifestação de tudo o que  desejo neste instante, hoje e sempre!
SHRIM!
Que as bênçãos de Prosperidade e Abundância de  LAKSHIMI iluminem você, seu lar e seu trabalho, hoje e sempre.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal - Prem Baba na India

“Estamos aqui para celebrar o Natal que significa o nascimento do amor; o nascimento do Ser. O amor é a fragrância do Ser; é a respiração da vida. Mas, para que o amor seja iluminado em sua vida se faz necessário que você esteja realmente de acordo com essa proposta. Enquanto houver uma parte dentro de você em desacordo, isso não será possível. A sincera disposição para iluminar o amor passa pela disposição de reconhecer quanto desamor ainda existe dentro de você. É necessário reconhecer as partes dentro de você que ainda estão comprometidas com a guerra.”
Sri Prem Baba.

O Natal na India





Presentes de Natal
Decoração, comidas e rituais de Natal também estão presentes na India, apesar de o nascimento de Cristo ser comemorado em menor escala se comparado ao Brasil, que é o maior país católico do mundo em termos absolutos (cerca de 145 milhões de pessoas), segundo dados de 2009. Na cultura indiana, os costumes natalinos variam conforme a região, sendo comum enfeitar bananeiras e pés de manga, cujas folhas são usadas também para decorar casas, além de lâmpadas feitas de argila.

Sanna
Em alguns locais, faz-se jejum, já em outros, celebra-se o 25 de dezembro comendosanna, um pão de arroz e coco servido com molho apimentado de fígado e carne de porco, chamado sorpatel. Essa combinação é encontrada no estado de Goa, que foi colônia portuguesa e tem uma das maiores populações cristãs da India. Doce de leite e maçã caramelada também são consumidos no Natal indiano, que inclui alimentos na troca de presentes, como nozes e frutas secas.

Bananeira de Natal


Aos amigos do Blog Balisun,
Shub Christus Jayanti !!!
Feliz Natal !!!

  

http://www.balisun.com.br/a-india-e-o-natal/

Natal na Índia


















Exótico. Esta palavra descreve bem o Natal indiano. Mangueiras e bananeiras são decoradas na Índia durante o Natal. Ainda, os indianos usam as folhas destas árvores para decorar suas casas, além de lamparinas de óleo nas beiradas dos telhados e folhas de plantas tropicais e velas para decorar as igrejas.
O Natal na Índia é extremamente rigoroso em termos de respeito aos rituais sagrados.

http://segredos-da-india.blogspot.com.br/ 

Holi Festival - festa das cores

Holi Festival no Brasil


Prem Baba no Holi Festival



Holi Festival na Índia - a Tradição


Existem muitas histórias sobre a origem do festival Holi. A mais conhecida é que Holi marca o dia em que o devoto do Senhor Vishnu, Bhakta Prahalad, sentado no colo do demônio Holika, foi salvo do fogo por Brahma. Outras estórias referem-se à morte do demônio Putana às mãos do Senhor Krishna e à queima de Hoda, um demônio.

Origens
Prahalad foi o filho do Rei Hiranyakashyap.
O egoísta Hiranyakashyap não acredita em Deus; na verdade ele acreditava ser ele próprio o todo poderoso, superior até a Deus, então perseguia todos aqueles que se envolviam em atividades espirituais. No entanto, o jovem Prahalad tinha imensa fé no Senhor Vishnu. Hiranyakashyap tentou dissuadir seu filho da oração para o Senhor Vishnu. Quando Prahalad recusou, o rei recorreu a vários métodos desumanos para matar seu filho.
Todas as tentativas e métodos falharam, então o rei pediu a sua irmã Holika para ajudá-lo. Holika foi abençoada por Brahma e possuía um cobertor com o qual não podia ser consumida pelo fogo. Holika envolveu-se sozinha com o cobertor e, em seguida, tomou Prahalad em seu colo e sentou em uma fogueira. Pelo uso abusivo, Brahma fez com que o cobertor voasse e envolvesse Prahalad. Assim Holika foi queimada até virar cinzas enquanto.
Desde então, as pessoas brincam com as cores celebrando o triunfo do bem sobre o mal.
Ele inicia nos dez dias antes da lua cheia do mês de Phalgun (Fevereiro-Março), mas é usualmente observado apenas nos últimos três dias, terminando com a lua cheia. Este é o festival da primavera dos Hindus. Na estação da primavera todas as árvores são decoradas com flores de aroma doce. Todos elas proclamam a glória e a eterna beleza de Deus. Elas inspiram a você com alegria, felicidade e nova vida, o impulsionam para a busca do criador e a divindade interior, que está escondida dentro destas formas.



Holi é conhecido pelo nome de Kamadahana no sul da Índia, é o dia no qual o Cupido foi queimado pelo Senhor Shiva.
Festivais como Holi possuem seu próprio valor espiritual. Aparte dos vários entretenimentos, eles desenvolvem fé em Deus se forem propriamente observados.
Os elementos religiosos do festival de Holi consite de adorar o Senhor Krishna. Em alguns lugares ele é chamado de Dol Yatra. A palavra “dol”, literalmente, significa “um balanço”. Uma imagem de Shri Krishna, como um bebê, é colocada num pequeno berço-balanço, decorado com flores, sendo pintado com pós coloridos.
A pura e inocente dança de Krishna com as alegres vaqueirinhas – as Gopis de Vrindavana – é comemorado. Os devotos cantam o Nome de Shri Krishna e cantam canções Holi, contando as danças do pequeno Krishna com as Gopis
Os elementos sociais durante o Holi são unidos e abraçados tanto pelo grande como pelo pequeno, pelo rico e pelo pobre. Ele reúne os iguais. O festival nos ensina: “deixe a morte enterrar a morte”. Deve-se esquecer às coisas difíceis do ano e iniciar um novo ano com sentimento de amor, simpatia, cooperação e igualdade para com todos. Devemos tentar sentir esta unificação ou unidade com o Ser também.

Holi, também, significa “sacrifício”. Queime todas as impurezas da mente tais como o egoísmo, vaidade e luxúria, através do fogo da devoção e do conhecimento. Acenda o amor cósmico, misericórdia, generosidade, abnegação, verdade e pureza através do fogo da prática do Yoga. Este é o real espírito de Holi. Erga-se por sobre a lama da estupidez e dos absurdos e mergulhe profundamente no oceano da divindade.
Holi nos chama para sempre mantermos acesa a chama do amor por Deus em nossos corações. A iluminação interior é o verdadeiro Holi. A estação da primavera é a manifestação do Senhor, de acordo com o Bhavavad-gita. é dito que Holi está no Seu coração (de Krishna).

Sri Krishna Janmashtami


HARE KRISHNA HARE KRISHNA
KRISHNA KRISHNA HARE HARE
HARE RAMA HARE RAMA
RAMA RAMA HARE HARE


Sri Krishna Janmashtami (também chamado Gokulashtami), é o dia que se comemora o aniversário do Senhor Krishna. Ele é um avatar do Sr. Vishnu (Narayana). Sempre que vê necessidade ele encarna neste plano para restaurar o Dharma. Krishna é uma das encarnações mais conhecidas de Vishnu. Transmitiu preciosos ensinamentos para os buscadores espirituais compilados na forma do épico Bhagavad Gita, uma herança do tesouro universal.

A História de Krishna
Este resumo se baseia no Mahabharata, o Harivamsa, o Bhagavata Purana e o Vishnu Purana . Os fatos narrados ocorreram no norte da Índia, na maior parte nos estados atuais de Uttar Pradesh, Bihar, Haryana, Deli e Gujarat.

Nascimento e infância
Krishna e Yashoda - sua mãe adotiva.
Krishna era da família real de Mathura - capital de um conjunto de três clãs: Vrishni, Andhaka e Bhoja - e o oitavo filho da princesa Devaki e seu marido Vasudeva, um nobre da corte. No dia do seu casamento, como é de costume na tradição védica, seu primo mais velho, Kamsa, ficou encarregado de conduzir Devaki e seu esposo até a nova casa do jovem casal.
O rei Kamsa subiu ao trono após mandar prender seu próprio pai, Ugrasena (rei da dinastia Bhoja). Kamsa é tido como um grande demônio, que pertencia à classe dos Kshatriyas (guerreiros), mas que, de algum modo, havia se desviado do Dharma universal.
No caminho que conduzia os noivos até sua nova casa, Kamsa escutou uma voz que dizia que o oitavo filho de Devaki iria levá-lo à morte. Imediatamente fez menção de matar Devaki, mas Vasudeva implorou pela vida da esposa, prometendo que cada filho seu que nascesse, seria levado à presença de Kamsa.
Receoso, mandou prender Vasudeva e sua esposa no porão do castelo, sendo vigiados dia e noite por guardas. Cada filho do casal que nascia era morto por Kamsa, que mesmo sabendo que a profecia se cumpriria apenas no oitavo filho, não tinha piedade de nenhum e matava a todos.
Kamsa havia sido alertado por Narada Muni que em breve Vishnu nasceria na família de Vasudeva.
Soube também, através deste sábio, que em uma encarnação anterior, Kamsa havia sido um demônio chamado Kalanemi que tinha sido morto por Vishnu.
Conta a tradição védica que Kamsa, temendo que Vishnu nascesse em qualquer uma das famílias do reino, mandou matar todos os meninos com até dois anos de idade, a fim de evitar o cumprimento da profecia.
E foi então que o oitavo filho de Devaki nasceu - Bhagavan Sri Krishna. O local de seu nascimento é conhecido atualmente como Krishnajanmabhoomi, onde um templo foi erguido em sua honra. Como sua vida corria risco na prisão, foi tirado da prisão e entregue a seus pais adotivos Yashoda e Nanda em Gokula.


Juventude
Krishna e Gopis na floresta
Nanda, pai adotivo de Krishna, era o líder de uma comunidade de pastores de gado. As histórias de sua infância e juventude contam sua vida e relação com as pessoas de sua região. Uma dessas histórias conta que Kamsa, descobrindo que ele havia sido libertado da prisão, enviou vários demônios para impedir que isso acontecesse. Todos falharam. São muitas as façanhas de Krishna e suas aventuras com asGopis da vila, incluindo Radha, que se tornou mais tarde conhecida como o Rasa lila.

Krishna, o Príncipe
Krishna, então um jovem homem, retorna para Mathura, acaba com o governo de Kamsa, e institue seu pai, Ugrasena, que havia sido aprisionado por Kamsa, como rei de Yadavas. Em seguida declarou a si mesmo príncipe da corte. Neste período iniciou sua amizade com Arjuna e outros príncipes de Pandava do reino de Kuru. Casou-se com Rukmini, filha do rei Bishmaka de Vidarbha. Ele
também teve outras sete esposas, incluindo Satyabhama e Jambavati.

A guerra de Kurukshetra
Krishna e Arjuna na carruagem
Krishna possuía primos em ambos os lados na guerra entre os Pandavas e os Kauravas, porém ele tomou o lado dos Pandavas e concordou em ser o cocheiro da carruagem de Arjuna - seu primo e grande amigo - na batalha decisiva. O Bhagavad Gita consiste nos conselhos dados por Krishna a Arjuna, antes do início do combate.

Últimos dias
Krishna havia se retirado para a floresta e estava em meditação embaixo de uma árvore, quando um caçador, na pemumbra da floresta, o confunde com um antílope e o fere na planta do pé. Mesmo ferido de morte, aceita-a com grande serenidade.
No Bhagavad Gita ele diz:
jatasya hi dhruvo mrtyur
dhruvam janma mrtasya ca
tasmad apariharye 'rthe
na tvam socitum arhasi
Inevitável é a morte para os que nascem; todo o morrer é um nascer pelo que, não deves entristecer-te por causa do inevitável.
fonte: wikipedia.org

O NOME

Krishna e Radha
O nome em sânscrito é escrito kṛṣṇa
O Mahabharata (Udyogaparva 71.4), analisa a palavra 'Krishna' da seguinte maneira
krishir bhu-vacakah sabdo nas ca nirvriti-vacakah
tayor aikyam param brahma krishna ity abhidhiyate
(Tradução) - A palavra 'krish' é a característica atrativa da existência do Senhor, e 'na' significa 'prazer espiritual.' Quando o verbo 'krish' é adicionado ao 'na', ele se torna 'krishna', que significa Verdade Absoluta.
De acordo com a maioria dos dicionários, a palavra Krishna significa 'negro' ou 'escuro' em sânscrito. Relaciona-se com palavras parecidas em outros idiomas indo-europeus. Às vezes se traduz como 'O
Senhor Escuro' ou 'o de pele escura'. Pode significar também 'Todo atrativo'.
Ele é conhecido por vários outros nomes e títulos e a tradição Gaudiya tem uma lista com 108 nomes. Os mais usados incluem:
  • Adidev: O Senhor dos senhores.
  • Balgopal: O “Todo Atrativo”; o menino Krishna.
  • Chaturbhuj: O Senhor dos quatro braços.
  • Dayalu: Depósito de toda a compaixão.
  • Govinda: Aquele que agrada as vacas, a Terra e a natureza inteira.
  • Gyaneshwar: Senhor do Conhecimento.
  • Hari: O Senhor da Natureza.
  • Jagadisha: O Protetor de todos.
  • Kamalnayan: O Senhor que tem os olhos como o lótus.
  • Manohar: Senhor da beleza.
  • Murali: Senhor de toda a doçura; Senhor da flauta.
  • Narayana: O refúgio de todos.
  • Prabrahmana: A Suprema e Absoluta Verdade.
  • Ravilochana: Aquele cujos olhos são o Sol.
  • Trivikrama: Vencedor de todos os três mundos.
  • Upendra: Irmão de Indra.
  • Vishwatma: Alma do universo.
  • Yogi: O Mestre Supremo.









Dia 4 de Setembro 

Sri Prem Baba irá realizar uma vigília no Corpo e Consciência a partir das 8h da manhã até às 8h da noite
Todos estão convidados a participar.

Mahamantra para Krishna
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare



Om Shri Sache Maha Prabhu Ki
Jay Ho

A História de Durga




O mito da deusa Durga está narrado num shastra chamado Devimahatmyam. A Grande Deusa é criada pelos poderes de Brahma, Vishnu e Shiva, junto com os devas, ou deuses menores. Ela encarna a totalidade dos poderes divinos (nossas virtudes e nossa força interior) para combater e aniquilar o búfalo-demônio, Mahishasura (que representa o egoísmo, o vício e a ignorância que moram dentro de cada um de nós). É por isso que Durga é igualmente chamada Mahishasuramardini, ou a matadora de Mahishasura.

Após mais de 100 anos de guerra, os asuras (demônios) venceram os devas (deuses) e seu líder, o demônio Mahishasura, vencendo o rei dos deuses, Indra, assume todos os poderes dele e dos demais devas: Agni, Indra, Varuna, Surya e Yama. Estes, desolados, vão até Vaikuntha, a moradia do deus supremo, Vishnu, para pedir-lhe ajuda.

Ao ouvir as más notícias, Vishnu, feroz, invocou Shiva e Brahma. Os três deuses concentram suas forças (shaktis) numa poderosa meditação, a partir da qual cria-se uma luz intensamente brilhante. Os devas igualmente dirigem seus poderes para essa luz, que cresce até assumir o tamanho de uma montanha flamígera, brilhando como mil sóis.

Aos poucos, o brilho da montanha de luz assume a forma de uma belíssima forma feminina, pura e radiante. Ela é Durga, a grande deusa, que personifica a união de todos os poderes dos deuses e semi-deuses juntos.

Shiva entrega a seu tridente (trishula), Vishnu seu disco (chakra) e Brahma o japamala e o licor da imortalidade (amrita). Os semi-deuses presenteiam igualmente a Durga suas armas e atributos: Varuna dá-lhe a concha, Agni sua lança, Indra o raio, Yama um bastão, Surya seus raios dourados, com os quais a pele da deusa brilha como o próprio Sol. A montanha Himavat presenteia-lhe um leão mágico como montaria.

Brilhando com estes e outros atributos, envolta em luz divina, Devi ri, e seu riso faz os três mundos vibrarem. Sua voz preenche o espaço e seus passos fazem a terra tremer. As montanhas e os oceanos são sacudidos pelo seu riso e sua presença. "Jai Mataji!" (" Vitória para a Grande Mãe!"), gritam os deuses e semi-deuses.

Mahishasura ouve na distância os passos da deusa, que provocam terremotos, e pergunta-se o quê pode estar provocando tamanha comoção. "Eu sou o rei do Universo agora. Quem ousa interromper minha paz? Quem ousa fazer tal barulho em minha presença?". Voa então em direção à origem do ruído, que se torna cada vez mais ensurdecedor. E, repentinamente, ele a vê. A deusa brilha tanto que sua luz atravessa os três mundos. A terra curva-se sob seus pés e o brilho do seu olhar é tão intenso que ofusca a própria luz do Sol.

Ambos não precisam sequer trocar uma palavra. As tropas asúricas são chamadas e a batalha começa imediatamente. Milhares de elefantes de guerra, centenas de milhares de poderosos demônios e milhões de guerreiros armados até os dentes são invocados por Mahishasura.

O exército, poderoso como o mar enraivecido, ataca a deusa, que simplesmente permanece sentada em seu círculo de fogo. As armas demoníacas não conseguem atingir a deusa. O leão balança a juba, e ela sopra sua concha, produzindo um som aterrorizante e anunciando uma vitória que seria prontamente sua. A cada exalação que ela faz, um novo exército se materializa, prestes para a batalha. As matrikas, as energias de todos os deuses, vêm igualmente em seu auxílo. Finalmente, ela invoca os poderes que os deuses tinham lhe outorgado para materializar Kali, a devoradora do tempo, que é sua forma mais terrível

Durga começa a lutar, matando todos os guerreiros que ousam colocar-se ao alcance de suas armas mortíferas. O campo de batalha torna-se prontamente um amontoado de cadáveres de guerreirros e elefantes, cabeças e membros decepados, armas partidas e rios de sangue.

Ao ver seu exército assim dizimado, Mahishasura solta um grito de ira e assume sua forma de búfalo. Começa a galopar em direção à deusa, matando todos os guerreiros que seu alento de fogo alcança. Aqueles que conseguem fugir da fúria do seu alento e de suas patas, são mortos pelos seus terríveis cornos, que cortam as montanhas de pedra. Seu mugido preenche o universo e faz a terra tremer.

Quando Devi percebe o ataque do búfalo-demônio, concentra novamente suas forças e começa assim uma luta entre eles que, de tão pavorosa, faz os deuses, que a tudo assistem desde o céu, fecharem os olhos.

Devi lança seu laço e prende o búfalo, que instantaneamente se transforma num imenso leão. A deusa corta a cabeça do leão, mas este se transforma em um elefante, que por sua vez é prontamente decapitado por ela. Mahishasura assume novamente sua forma de búfalo e é preso à terra pelo pé deDevi, que corta sua cabeça, vencendo assim a batalha.

Quando o demônio morre, seu exército inteiro se esvai no ar. Então, deuses, devas, gandharvas, apsaras e humanos vem apresentar seus respeitos e agradecimentos, fazendo umpuja para ela. "Inclinamo-nos perante ti. És a boa fortuna dos virtuosos, a inteligência nos corações dos eruditos, a fé no coração dos bons, a modéstia no coração dos justos. Que possas sempre proteger o universo."
(fonte: www.yoga.pro.br)

Namastê

GANESHA CHATURTHI



GANESHA

Ganesha é o primeiro Deus a ser reverenciado em todos os rituais Hindus. Está nas portas dos templos e casas protegendo as suas entradas. Ganesha é o Deus que remove todos os obstáculos, ele é o protetor de todos os seres. Ele também é o Deus do conhecimento. Ganesha representa o sábio, o homem em plenitude, e os meios de realização. Sua figura revela um significado profundo e necessita ser desdobrada.



GANESHA CHATURTHI PUJA

Saudações ao Senhor Ganesha, que é o Brahma em Si mesmo, que é o Senhor Supremo, que é a energia do Senhor Shiva, cuja a origem é toda bem-aventurança, que está por cima de todas as qualidades virtuosas, e o sucesso em todos os entendimentos.

Mushikavaahana modaka hastha,
Chaamara karna vilambitha sutra,
Vaamana rupa maheshwara putra,
Vighna vinaayaka paada namasthe


Significado: "Óh Senhor Vinayaka! O removedor de todos os obstáculos, o filho do Senhor Shiva, e cuja a forma é breve; com um ratinho como sendo Seu veículo, que carrega um pratinho de doces em Suas mãos, com largas orelhas e longa tromba; eu me prostro diante de Vossos pés de lótus!”

Ganesh Chaturthi é dos mais populares festivais Hindus. Ele é o aniversário do Senhor Ganesha. Este é o dia mais sagrado para o Senhor Ganesha. Ele acontece no quarto dia da noite de lua cheia de Bhadrapada: entre Agosto e Setembro. Ele é observado ao longo de toda a Índia, bem como devotos Hindus no mundo todo.

A seguinte história e contada sobre Seu aniversário, e como Ele ficou com a cabeça de elefante: Certa feita a Deusa Parvati, consorte do Senhor Shiva, enquanto se banhava, criou Ganesha como um ser puro e branco, do pó do seu corpo, e colocou-O na entrada da sua casa. Ela disse para Ele não deixar ninguém entrar enquanto ela foi banhar-se no lado de dentro da casa. O Senhor Shiva retornava para casa e estava com muita sede, e foi barrado por Ganesha no portão. Siva ficou muito irado, e cortou fora a cabeça de Ganesha, pensando que Ele se tratava de um intruso.

Quando Parvati ficou sabendo disso, ela ficou dolorosamente sentida. Para consolar o sofrimento da esposa, o Senhor Shiva ordenou a Seus servos para cortar e trazer a cabeça de qualquer criatura que estivesse dormindo, tendo a sua face voltada para o norte. Os servos saíram com a missão e encontraram apenas um elefante naquela posição. Fez-se o sacrifício, e a cabeça do elefante foi trazida diante do Senhor Shiva, que a colocou na cabeça de Ganesha.

O Senhor Shiva fez o Seu filho merecedor de adoração, para dar início a todos os entendimentos, casamentos, viagens, estudos, etc. Ele ordenou que uma adoração anual a Ganesha fosse estabelecida no 4º dia da lua cheia de Bhadrapada.

Sem a graça do Senhor Shri Ganesha e Sua ajuda, nada poderá, por conseguinte, ser alcançado. Nem uma ação pode ser realizada sem o Seu suporte, Graça e bênção.
Esta é a primeira lição na alfabetização de uma criança Maharshtrian, quando iniciada no mantra do Senhor Ganesha: Om Shri Ganeshaya Namah. Apenas depois disso o alfabeto é iniciado.

São os seguintes os nomes dados ao Senhor Ganesha: Dhoomraketu, Sumukha, Ekadantha, Gaja-karnaka, Lambodara, Vignaraja, Ganadhyaksha, Phalachandra, Gajanana, Vinayaka, Vakratunda, Siddhivinayaka, Surpakarna, Heramba, Skandapurvaja, Kapila and Vigneshwara. Ele é, também conhecido como sendo Maha-Ganapathi.

Seu mantra é Om Gung Ganapathaye Namah. O aspirantes espirituais que adoram Ganesha, como deidade tutelar, repetem este mantra ou Om Sri Ganeshaya Namah.
Os devotos do Senhor Ganesha fazem o Japa do Gayatri Mantra de Ganesha, de seguinte forma:
Tat purushaaya vidmahe
Vakratundaaya dheemahi
Tanno dhanti prachodayaat


O Senhor Ganesha é a personificação da sabedoria e da bem-aventurança. Ele é o Senhor dos Brahmacharins. Ele é o maior entre os celibatários.

Ele tem como veículo um pequeno ratinho. Ele é a Deidade que governa o Muladhara Chakra, o centro psíquico no corpo, o qual a Kundalini Shakti reside.

Ganesha é o Senhor que remove todos os obstáculos no caminho do aspirante espiritual, e que está acima de todas as adorações, bem como no sucesso espiritual. Por conseguinte, Ele é chamado Vinga Vinayaka. Seu Bija Akshara (sílaba raiz), é Gung, que se pronuncia como a palavra inglesa “sung”. Ele é o Senhor da harmonia e da paz.
(fonte: sivananda.org)


Om Shri Ganeshaya Namah



Iconografia

Como acontece com todos as outras formas externas na qual o Hinduísmo representa deus, no
sentido da forma pessoal de Brahman (também chamada de Ishvara, o Senhor), a figura de Ganesha é também um arquétipo cheio de múltiplos sentidos e simbolismo que expressa um estado de perfeição assim como os meios de obtê-la. Ganesha, de fato, é o símbolo daquele que descobriu a Divindade dentro de si próprio.


Ele representa o perfeito equilíbrio entre as energias masculina e feminina (Shiva e Shakti), entre força e bondade e entre poder e beleza. Ele também simboliza as capacidades discriminativas que provê a habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, o real e o irreal.

Uma descrição de todas as características e atributos de Ganesha podem ser encontradas no Ganapati Upanishad (um Upanishad dedicado a Ganesha) do rishi Atharva, no qual Ganesha é identificado com Brahman e Atman. Este Hino Védico também contém um dos mais famosos mantras associados com esta divindade: Om Gam Ganapataye Namah (literalmente, Eu me rendo a Você, Senhor dos obstáculos).

Nos Vedas pode-se encontrar um dos mais importantes e comum oração a Ganesha, na parte que constitui o inicio do Ganapati Prarthana:
Om ganaman tva ganapatigm havamahe kavim kavinamupamashravastanam
jyestharajam brahmanam brahmanaspata a nah shrunvannutibhih sida sadanam
(Rig Veda 2.23.1)

De acordo às estritas regras da iconografia Hindu, figuras de Ganesha com somente duas mãos são tabu. Por isso, as figuras de Ganesha são vistas comumente com quatro mãos que significam sua divindade. Algumas figuras podem ter seis, outras oito, algumas dez, algumas doze e outras catorze mãos, cada uma carregando um símbolo que difere dos símbolos nas outras mãos, havendo aproximadamente cinqüenta e sete símbolos no total, segundo alguns estudiosos.

A imagem de Ganesha é composta de quatro animais, homem, elefante, serpente e o rato. Eles contribuem para formar a imagem. Todos eles individualmente e coletivamente têm profunda significância simbólica.


O Deus da boa fortuna


Em termos gerais, Ganesha é uma divindade muito amada e freqüentemente invocada, já que é o Deus da Boa Fortuna quem proporciona prosperidade e fortuna e também o Destruidor de Obstáculos de ordem material ou espiritual. É por este motivo que sua graça é invocada antes de iniciar qualquer tarefa (por exemplo, viajar, prestar uma prova, realizar um assunto de negócios, uma entrevista de trabalho, realizar uma cerimônia) com Mantras como: Aum Shri Ganeshaya Namah (salve o nome de ganesha), ou similares. É também por esse motivo, que tradicionalmente, todas as sessões de bhajan (cântico devocional) iniciam com uma invocação de Ganesha, o Senhor dos "bons inícios". Por toda a Índia de cultura hindu, o Senhor Ganesha é o primeiro ídolo colocado em qualquer nova casa ou templo.

Além disso, Ganesha é associado com o primeiro chakra, que representa o instinto de conservação e sobrevivência e de procriação. O nome desse chakra é muladhara.


Atributos Corporais



Cada elemento do corpo de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado:
  • cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminativo;
  • O fato de ele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
  • As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar idéias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;
  • tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
  • Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) édesenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;
  • panela de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;
  • A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.
  • A barriga enorme representa sua capacidade de engolir, digerir e assimilar todos os obstáculos, assim como o ensinamento escutado.
  • Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que são: mente (Mana), intelecto (Buddh), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;

    • A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho do Dharma;  

    • A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;

    • A terceira mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e proteção (abhay mudra);

    • A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.


O Senhor cuja forma é OM


Ganesha é também definido como Omkara ou Aumkara, que significa "tendo a forma de Om (ou Aum) (veja a seção Os nomes de Ganesha). De fato, a forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra Sânscrita que indica este grande Bija Mantra. 

Por causa disso, Ganesha é considerado a encarnação corporal do Cosmos inteiro, Ele que está na base de todo o mundo fenomenal (Vishvadhara, Jagadoddhara). Além disso, na Linguagem Tamil, a sílaba sagrada é indicada precisamente por uma letra que relembra o formato da cabeça de Ganesha.



A presa quebrada

A presa quebrada de Ganesha, como descrita encima, simboliza primariamente sua habilidade de superar ou "quebrar" as ilusões da dualidade. Porém, existem muitos outros sentidos que têm sido associados com este símbolo.


Um elefante normalmente tem duas presas. A mente também freqüentemente propõe duas alternativas: o bom e o mau, o excelente e o expediente, fato e fantasia. A cabeça de elefante do Senhor Ganesha, porém tem apenas uma presa por isso ele é chamado "Ekadantha”, que significa "Ele que tem apenas uma presa", para lembrar a todos que é necessário possuir determinação mental.
(Sathya Sai Baba)


Ganesha e o rato


De acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou mushika representa sabedoria, talento e inteligência. Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos. Então ele é também um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha, o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.

Ambos Ganesha e Mushika amam modaka (doce de leite e arroz tostado que representa a satisfação, a plenitude que se alcança com um caminho de disciplina e auto conhecimento, que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração. O Mushika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganesha, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte Maharashtriana representar Mushika como um rato muito grande, e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo.

Outra interpretação diz que o rato (Mushika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminativas tem sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é freqüentemente representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.


Casado ou Celibatário?


É interessante notar como, de acordo com a tradição, Ganesha foi gerado por sua mãe Parvati sem a intervenção do seu marido: Shiva. Shiva, de fato, sendo eterno (Sadashiva), não sentia nenhuma necessidade em ter filhos. Então Ganesha nasceu exclusivamente do desejo feminino de Parvati de procriar. Conseqüentemente, o relacionamento entre Ganesha e sua mãe é único e especial.

Essa devoção é o motivo de que as tradições do sul da Índia o representam como celibatário (veja a história Devoção por sua mãe). É dito que Ganesha, acreditando ser sua mãe a mais bela e perfeita mulher no universo, exclamou: "Traga-me uma mulher tão bonita quanto minha mãe e eu me casarei com ela".

No Norte da Índia, por outro lado, Ganesha é freqüentemente representado como casado com as duas filhas de Brahma: Riddhi(sucesso) e Siddhi (prosperidade), simbolizando que estas qualidades sempre acompanham aquele que descobre sua divindade interior.

MAIS ESTÓRIAS MITOLÓGICAS


Como ele obteve sua cabeça de elefante?

A mitologia altamente articulada do Hinduismo apresenta muitas estórias na qual é explicada a maneira que ganesha obteve sua cabeça de elefante; freqüentemente a origem desse atributo particular é encontrado nas mesmas histórias que narram seu nascimento. E muitas dessas mesmas estórias revelam as origens da enorme popularidade do culto de Ganesha.


Decapitado e reanimado por Shiva

A mais conhecida estória é provavelmente aquela encontrada no Shiva Purana. Uma vez, quando sua mãe Parvati queria tomar banho, não havia guardas na área para protegê-la de alguém que poderia entrar na sala. Então ela criou um ídolo na forma de um garoto, esse ídolo foi feito da pasta que Parvati havia preparado para lavar seu corpo. 

A deusa infundiu vida no boneco, então Ganesha nasceu. Parvati ordenou a Ganesha que não permitisse que ninguém entrasse na casa e Ganesha obedientemente seguiu as ordens de sua mãe. Dali a pouco Shiva retornou da floresta e tentou entrar na casa, Ganesha parou o Deus. Shiva se enfureceu a esse garotinho estranho que tentava desafiá-lo. 

Ele disse a Ganesha que ele era o esposo de Parvati e disse que Ganesha poderia deixá-lo entrar. Mas Ganesha não obedecia a ninguém que não fosse sua querida mãe. Shiva perdeu a paciência e teve uma feroz batalha com Ganesha. No fim, ele decepou a cabeça de Ganesha com seu (tridente) Trishula. Quando Parvati saiu e viu o corpo sem vida de seu filho, ela ficou triste e com muita raiva. Ela ordenou que Shiva devolvesse a vida de Ganesha imediatamente. 

Mas, infortunadamente, o Trishula de Shiva foi tão poderoso que jogou a cabeça de Ganesha muito longe. Todas as tentativas de encontrar a cabeça foram em vão. Como última solução, Shiva foi até Brahma que sugeriu que ele recolocasse no corpo de Ganesha a cabeça do primeiro ser vivo que ele encontrasse, acabou que o primeiro ser que ele viu era um elefante. Shiva então decapitou a cabeça do elefante, e a colocou no corpo de Ganesha e trouxeram-no de volta à vida.

"O sábio vence todos os desafios, luta com bravura, remove todos os obstáculos e depois morre, perde a cabeça para ganhar uma nova dada por Shiva, o absoluto."

Shiva e Gajasura

Outra estória a respeito da origem de Ganesha e sua cabeça de elefante narra que, uma vez, existiu um Asura (demônio) com todas as características de um elefante, chamado Gajasura, que estava praticando austeridades (ou tapas). Shiva, satisfeito por esta austeridade, decidiu dar-lhe, como recompensa, qualquer coisa que ele pedisse. 

O demônio desejou emanar fogo continuamente do seu próprio corpo. Desse modo, ninguém poderia se aproximar dele. Shiva concedeu o que foi pedido. Gajasura continuou sua penitência e Shiva, que aparecia a ele de tempos em tempos, perguntou, mais uma vez, o que desejava. O demônio respondeu: "desejo que você habite meu estômago”.
Shiva atendeu até mesmo a este pedido e, então, passou a residir no estômago do demônio. De fato, Shiva também é conhecido comoBhola Shankara porque é uma deidade facilmente agradada; quando está satisfeito com um devoto, concede-lhe o que for pedido e, isso, de tempos em tempos, gera situações particulamente intrincadas. 

Por esse motivo Parvati, sua esposa, procurou por ele em todos os lugares sem obter resultado algum. Como último recurso, foi ao seu irmão, Vishnu, pedir a ele que encontrasse seu marido. Vishnu, que conhece a tudo, respondeu: "Não se preocupe minha irmã; seu marido é Bhola Shankara e prontamente garante aos seus devotos tudo o que eles pedem, sem se preocupar com as conseqüências; acho que ele se meteu em algum problema. Vou procurar saber o que aconteceu”.

Então Vishnu, o onisciente diretor do jogo cósmico, elaborou uma pequena encenação: transformou Nandi (o touro de Shiva) em um touro dançarino e o conduziu à frente de Gajasura, assumindo, ao mesmo tempo, a aparência de um flautista. 

A encantadora performance do touro fez o demônio entrar em êxtase e perguntar ao flautista o que ele desejava. O músico respondeu: "Você pode mesmo me dar qualquer coisa que eu pedir?" Gajasura respondeu: "Por quem me tomas? Eu posso lhe dar qualquer coisa que você pedir imediatamente!" O flautista então respondeu: "Se é assim, libere Shiva do seu estômago”.Gajasura entendeu, então, que este não poderia ser outro senão o próprio Vishnu, o único que poderia saber desse segredo. 

Nesse momento, o demônio se jogou aos pés de Vishnu e, tendo liberado Shiva, pediu a este um último presente: "Tenho sido abençoado por você muitas vezes; meu último pedido é que todo mundo se lembre de mim adorando minha cabeça quando eu estiver morto”.Shiva, então, trouxe seu próprio filho até ali e substituiu sua cabeça pela de Gajasura. Desde então, na Índia, é tradição que qualquer ação, para poder prosperar, deva ser iniciada com a adoração de Ganesha. 
Este é o resultado do presente que Shiva deu a Gajasura.