domingo, 7 de dezembro de 2014

O Casamento de Shri Shiva e Shri Parvati

Sahaja Yoga, o Conhecimento Divino                                                                                                             



     A cidade de Oushadhiprastha situada no Himalaia era governada pelo Rei Parvataraja (literalmente, o Rei da Montanha), um grande devoto de Shiva. Por ser o Senhor de todo o território do Himalaia, ele era também chamado de Himavanta. Esse rei era justo, virtuoso e amado por seus súditos. Seu reino ficava próximo de Kailasa, a morada divina de Shiva. A rainha se chamava Menadevi e era uma ninfa celestial. Da união dos dois nasceu Mainaka, um garoto belo e saudável. A rainha, no entanto, nutria o desejo puro de ter uma filha. Ela própria era devota de Shiva e resolveu fazer penitência para a esposa de Shiva que se chamava Dakshayani (ou Sati). Menadevi entrou em meditação profunda e obteve a graça de ver Dakshayani que lhe prometeu que ela própria, numa encarnação futura, reencarnaria como sua filha.


Dakshayani, numa encarnação anterior, havia sido filha de Daksha e fora casada com Shiva. Por alguma razão desconhecida, Daksha não gostava de Shiva e não perdia uma só oportunidade de insultá-lo. Dakshayani se entristecia muito com isso, pois amava e respeitava seu marido, de quem muito se orgulhava. Certa vez, Daksha convidou o casal para a cerimônia de um grande sacrifício que ele iria celebrar para os Deuses e frente à toda a assembléia, dirigiu-se a Shiva de forma insultuosa. Incapaz de suportar mais esse sacrilégio cometido por seu pai, Dakshayani entrou dentro do fogo do sacrifício, oferecendo-se a ele, a fim de redimir em parte o grande pecado perpetrado por seu pai.

 Após a 'morte' de sua esposa, Shiva tornou-se um asceta e foi para o Himalaia a fim de recolher-se em meditação. Deixou seu palácio em Kailasa e buscou um lugar propício para fazer penitências e meditar. Por isso, foi para um lugar sagrado chamado Gangavatara, próximo a Oushadhiprastha, no alto do Himalaia. Esse era um lugar belíssimo cheio de fragrâncias celestiais e banhado pelas águas sagradas do Rio Gânges. Lá, esquecendo-se dos problemas do mundo, dedicou-se à uma severa disciplina e à meditação.

No devido tempo, a Rainha Menadevi deu à luz uma linda menina. A garotinha nasceu, mas não abria nem os olhos e nem a boca, até que o preceptor da família, Gargamuni, levou até ela uma estátua de Shiva como um presente. O bebê abriu, imediatamente, os olhos e fez uma saudação a Shiva com as mãos postas. Somente depois disso, ela sugou o seio de sua mãe e passou a se alimentar normalmente. Todos ficaram encantados, não só com a beleza da criança, bem como com sua atitude plena de devoção e pensaram que ela obteria, mais tarde, as graças de Shiva. Ela recebeu o nome de Parvati e, à medida que os meses se passaram, ela crescia em graça e beleza, sendo que a primeira palavra que pronunciou foi Shiva. Parvati teve uma infância cheia de folguedos e brincadeiras junto às suas amigas - Jaya e Vijaya - mas jamais deixou de rezar, todos os dias, diante da estátua de Shiva. O tempo passou e ela se tornou uma moça belíssima e virtuosa. Aproximava-se o tempo em que deveria se casar.

Parvataraja imaginava que apenas o Senhor Shiva seria digno de se casar com sua filha. Apesar de sentir isso em seu coração, ele não sabia como poderia encaminhar o casamento dos dois.

Era do conhecimento de todos que Shiva ainda permanecia no lugar sagrado chamado Gangavatara, próximo à Oushadhiprastha, em profunda meditação. Nessa época, o sábio Narada foi visitar Parvataraja, pai de Parvati, que o recebeu com todas as honras e resolveu se aconselhar com ele sobre quem deveria ser o marido de Parvati. O sábio lhe disse: "Parvati, em sua encarnação anterior, era Dakshayani que desistiu de seu corpo ao entrar no fogo do sacrifício, devido à mais pura dedicação ao seu marido. Logo, ambas são a mesma pessoa e por isso apenas Shiva poderá casar-se com Parvati e mais ninguém. Todavia, não é a beleza externa que agradará Shiva, mas sim a piedade, a devoção, a adoração, a penitência, virtudes essas que não são estranhas à Parvati. Com essas virtudes, Parvati certamente obterá a anuência de Shiva em se casar com ela".

Ao saber disso, Parvati ficou muito feliz e resolveu dedicar todos os seus dias apenas ao serviço de Shiva, concentrando-se totalmente na figura dele. Parvataraja (pai de Parvati) foi até Shiva acompanhado de Parvati, a qual levava flores, frutas e incenso para Shiva. Pai e filha cantaram Mantras e, só depois de algum tempo, Shiva olhou para eles e Parvataraja pediu-lhe: "oh, Grande Senhor, trouxe-lhe a minha filha Parvati, que lhe é totalmente devotada, sendo que se deixasse de adorá-lo, ela deixaria de viver. Por favor, permite que ela venha até aqui todos os dias com suas amigas Jaya e Vijaya, a fim de servi-lo e adorá-lo". Shiva respondeu: "Parvataraja, se você quiser vir até aqui todos os dias, estará bem. No entanto, leve sua filha para casa. Sou um asceta, dedicado à penitência e à meditação e, por isso, não necessito de qualquer mulher próxima de mim". O pai de Parvati não se conformou com a primeira negativa de Shiva e procurou convencê-lo de que sua filha lhe seria útil, pois lhe prestaria todos os serviços necessários. Por fim, Shiva concordou e assim, diariamente, Parvati se dirigia a Gangavatara, com suas amigas Jaya e Vijaya, a fim de servir com muito amor aquele que era tudo para ela. Levava sempre todos os objetos de adoração. Tirava água do Gânges no afã de lavar os pés de seu Senhor, adorava-o em silêncio e prestava todos os serviços que se fizessem necessários.

Embora Parvati fosse a mais bela das mulheres, Shiva não se dava conta disso e nem tampouco intuiu que era a sua própria esposa Dakshayani(Parvati, em sua encarnação anterior, era Dakshayani que desistiu de seu corpo ao entrar no fogo do sacrifício, devido à mais pura dedicação ao seu marido. Logo, ambas são as mesma pessoa e por isso apenas Shiva poderá casar-se com Parvati e mais ninguém), dado que Ele sempre estava profundamente mergulhado em seu êxtase meditativo. Por isso, Shiva recebia os serviços de Parvati, mas não abria os olhos para olhá-La. Mesmo assim Ela continuou prestando os seus serviços e fazendo penitências ao Senhor Shiva.

Nessa época a Terra estava cheia de grandes negatividades provocadas pelo Rakshasa Tarakasura. Havia uma previsão feita por Brahma de que somente um filho de Shiva e Parvati seria capaz de pôr fim a esse período nefasto. Os Devas e os seres humanos ficaram preocupados com a possibilidade de Shiva não se casar com Parvati, dado que ele não a olhava como uma mulher. Por isso pediram ao Deus do Amor, Manmatha ou Kamadeva, que usasse o seu arco de cana-de-açúcar e com ele lançasse suas flechas de flores, a fim de incendiar o coração de Shiva com o amor de Parvati. Manmatha juntamente com sua esposa Ratidevi foram ao local em que estavam Shiva e Parvati. No momento em que Parvati colocava uma guirlanda no pescoço de Shiva, Este entreabriu os olhos e Manmatha desferiu as flechas. Sentindo que sua privacidade havia sido desrespeitada, Shiva abriu o seu terceiro olho e com ele queimou Manmatha. Restaram apenas as cinzas de Manmatha, as quais foram recolhidas por sua desesperada esposa, Ratidevi. Esta implorou junto à Parvati que intercedesse junto a Shiva, a fim de restituir a vida ao seu marido. Parvati lhe disse: “não chore, Ratidevi, eu a ajudarei. Pedirei a Shiva e Ele há de devolver a vida ao seu marido”.

O sábio Narada foi novamente à casa de Parvati e Lhe disse que Ela deveria insistir em meditar num lugar próximo ao de Shiva e Lhe ensinou um mantra de cinco letras (Panchakshari) a fim de agradar Shiva, isto é, Om Namah Shivaya. Narada abençoou-A e afirmou que seu casamento estava prestes a ocorrer.

Parvati sentou-se numa pedra, entrou em profunda meditação e suportou todas as intempéries da natureza, tais como a chuva, o frio, o sol abrasador, etc. Ela nunca se importou com qualquer tipo de dificuldade, tristeza ou dor e focalizou a sua mente e forma total em Shiva. Ela entoava mantras e orava com seu rosário na mão. Nos primeiros estágios, Ela se alimentava de frutas. Posteriormente Ela se alimentava apenas de folhas. A grandeza de sua penitência foi tal que todos os animais selvagens passaram a conviver pacificamente uns com os outros e com Ela. A gruta da penitência era um reino de amor, um lar de afeição e bondade. A plenitude do amor de Parvati era tão patente que os Rishis (sábios) se enterneceram com Ela e passaram a orar para que Shiva A desposasse.

Por fim as penitências de Parvati renderam frutos, dado que Shiva teve o seu coração invadido pelo grande amor de Parvati. Malgrado ter percebido todo esse amor, Shiva resolveu testar Parvati. Assim, Ele se disfarçou de mendigo e se dirigiu à Parvati, dizendo-lhe : “não faça tanta penitência para Shiva, pois Ele não se casará com ninguém”. Parvati respondeu-lhe : “sinto que já sou casada com Shiva, caso Ele não me aceite, não Me casarei com mais ninguém”. Ainda disfarçado de 'mendigo', Shiva continuou a testar a firmeza de Parvati, dizendo-Lhe : “Você é uma pessoa bela, pura e inocente, mas não tem sabedoria, pois quer se casar com uma criatura de três olhos e que usa serpentes como ornamentos. Usa uma guirlanda horrível feita de crânios humanos. Sua arma é um tridente e Ele se veste com a pele de um tigre. Seu cabelo é desgrenhado. Traz veneno em seu pescoço e cinzas pelo corpo inteiro. Como Ele traz a Lua e o Rio Gânges (Ganga) em sua cabeça, Ele é extremamente frio. Seu veículo é um touro e está sempre acompanhado de demônios e de espíritos de mortos. Ele é também um mendicante. Você é uma moça bonita e terna, enquanto Ele é feio e austero. Não pense mais Nele e não se case com Ele”.

Parvati ouviu tudo isso e ficou irada. Ela demonstrou seu desagrado, franzindo as sobrancelhas e seus olhos ficaram vermelhos. Com a voz trêmula, disse para o 'mendigo': “você não sabe nada sobre Shiva. É claro que a conduta de uma grande personalidade não se parece nada com a das pessoas comuns. Aqueles que não conseguem compreender isso, partem para a crítica. A glória de Shiva não pode ser igualada por ninguém. Aqueles que confiam Nele livram-se das negatividades. Malgrado Shiva aparentar ser extremamente pobre (do ponto de vista material), Ele tem o poder de conferir todas as riquezas possíveis. Apesar de Shiva ser o Senhor dos Três Mundos, Ele mora no campo de cremação. Ele pode até parecer desajeitado e inútil, mas Ele é o Doador da Felicidade, o Senhor Universal. Ainda que Ele cavalgue um touro, seus pés são beijados por Indra que cavalga o elefante Airavata. Não é preciso falar tanto. Minha mente está totalmente arraigada em Shiva e ninguém pode modificar isso. Estou plenamente consciente das qualidades e da grandiosidade de Shiva. Ele não tem qualquer deformidade ou defeito”.

Parecia que o 'mendigo' iria começar a falar novamente, mas Parvati impediu-o e chamou suas amigas, para que expulsassem aquele 'mendigo' impertinente. Parvati acrescentou ainda : “não pecam somente aqueles que denigrem as grandes personalidades, mas também aqueles que ouvem essas infâmias. Este homem perverso está querendo continuar a pronunciar palavras terríveis. Tirem-no daqui ou Eu sairei desse lugar”. Após dizer isso, Parvati começou a se retirar daquele local. De repente, aquele 'mendigo' assumiu a sua forma verdadeira como Shiva e segurou as mãos de Parvati, dizendo-lhe: “Oh, criatura maravilhosa! Estou contente com suas penitências e seu amor. Você conquistou a minha mente e meu coração. Causei-lhe muito sofrimento, ao testá-La dessa forma. Eu lhe peço perdão por causa disso. Vamos agora para o meu palácio Kailasa”.

Diante dessa revelação inesperada, Parvati replicou: “Senhor, Meus pais estão no palácio de Oushadhiprastha. Seria bom que o Senhor os procurasse, para lhes pedir Minha mão em casamento. Quero que o casamento seja celebrado de acordo com os rituais prescritos e com o consentimento dos mais velhos”. Shiva concordou com Ela. Nesse momento, chegou Ratidevi (esposa de Manmatha ou Kamadeva) para lembrar à Parvati a sua promessa. Parvati então disse à Shiva: “Oh, Senhor, Kamadeva, em sua luta em prol do bem estar do mundo foi queimado por seu terceiro olho. Assegurei à esposa dele, Ratidevi, que Eu lhe pediria para restituir a vida de seu marido”. Shiva concedeu a graça pedida por Parvati, restituindo assim a vida ao marido de Ratidevi.

O casamento de Shiva e Parvati realizou-se, com grande esplendor, num pavilhão construído por Vishwakarma, o famoso arquiteto dos deuses. Posto que Shiva é o Pai do Universo, por ter se casado com ele, Parvati tornou-se a Mãe do Universo. Da união dos dois, nasceram dois grandes Deuses : Ganesha e Kartikeya.

Parvati também tornou-se conhecida como Uumaa, Bhavani (esposa de Bhava – existência, origem – outro nome de Shiva), Sarvamangala (aquela que é a fonte de toda a prosperidade), Mahadevi(A Grande Deusa), Girija, Shailaja, dentre outros.


Fonte : Apostila Anahata da SY

quinta-feira, 27 de março de 2014

O Mahabharata – Traduzido do Livro Original para o Português



O Mahabharata – Traduzido do Livro Original para o Português


Uma grande história é contada no livro Mahabharata de Krishna-Dwaipayana Vyasa. Considerado o maior épico do mundo, começou a ser escrito no século IV a.C. e compreende uma enciclopédia de 18 livros. É reverenciado na Índia por contar histórias de deuses e grandes homens. Alguns trechos de seu texto trazem muitos conhecimentos de espiritualidade. O livro Mahabharata tem em seu conteúdo a reunião de várias histórias contadas de mestres para discípulos sobre uma época de guerras e o foco principal do Mahabharata é a batalha de Kuruksetra, uma guerra entre dois ramos da mesma família pela posse de um reino. Os ensinamentos ditados por Krishna para Arjuna na guerra para que ele lutasse da melhor forma compõem o famoso Bhagavad Gita.

publicação original:https://moiseslima.wordpress.com/2011/12/10/o-mahabharata-traduzido-do-livro-original-para-o-portugues/

Este video muito legal ... quando Krishna fala da Ilusão (que é a mentira)  para Arjuna - é o trecho mais lindo e mais importante do Mahabarata



 deliciem-se a bela interpretação

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Mahashivaratri, ou Grande Festival de Shiva - Sai Baba






O Mahashivaratri, ou Grande Festival de Shiva, ocorre entre fevereiro e março. É um dos festivais mais concorridos não só em Prashanti Nilayam como em toda a Índia, pelo seu significado transformador. 
Mahashivaratri é um termo sânscrito, composto dos vocábulos Maha + Shiva +RatriMaha: grande, importante; Shiva: na Trindade Hindu, é aquele que transforma; Ratri: noite escura.
Na Índia, onde os devotos de Shiva são inúmeros, costuma-se observar, todos os meses, o Shivaratri, dia dedicado a Shiva, na décima quarta noite da lua, ou seja, o último dia da lua minguante. Essa devoção inclui jejum e cânticos devocionais.
O Mahashivaratri é um grande Shivaratri. Grande porque nesse período do ano, que se situa entre fevereiro e março, o poder exercido pela lua (chamada lua negra), no último dia da minguante, é menor, em relação ao resto do ano. Daí a grande celebração.
  • Shiva
É engano pensar que Shiva, por caracterizar, na Trindade Hindu, o aspecto destruidor, seja um deus negativo inclemente, vingativo, sem compaixão. Shiva é o aspecto transformador de Deus. Ele destrói apenas aquilo que precisa ser transformado, transcendido, transmutado. Ele destrói para renovar. 
Por outro lado, é Ele quem elimina os pesados efeitos do karma, é Ele que tem o poder de cancelar nossos instintos arcaicos, animalescos, conservadores, purificando os pensamentos da nossa mente e impulsionando todo nosso ser em direção à Luz. É Ele que, com Seu imenso poder, destrói a ignorância do homem, extraindo o veneno do ego, para que se torne pacífico e dócil à Vontade Divina.
Shiva simboliza também a disciplina, por meio da qual podemos atingir a libertação (moksha) do ciclo de nascimento e morte.
  • Nomes de Shiva
Shiva também é conhecido como Shambho, Mahadeva, Shankara, Mahayogi, Mahakala, entre outros nomes. 
No Rig Veda Ele é denominado Rudra, termo que designa Agni, o Deus do fogo, aquele que tem o poder de queimar e destruir as paixões humanas e os sentidos físicos que atuam como empecilhos às percepções espirituais mais altas e sutis do Eu Superior. Rudra surge da combinação de Rude (em sânscrito, pecado) e Dravayati (que significa lavar). Assim, o processo de lavar nossos pecados chama-se Rudra. 

Quando representado na forma de dançarino, Ele é denominado Nataraja ou Shiva Nataraja, o Rei dos Dançarinos. 
Sua divina dança chama-se Tandava. Simboliza a manifestação do ritmo cósmico, a personificação do movimento do universo.
Enquanto dança, Ele dissolve todos os grilhões do ego que mantêm a prisão do Ser e promove a libertação.
“Shivaratri é observado a cada mês, na décima quarta noite da metade escura (da lua), porque a lua, que é a deidade regente da mente humana, tem somente mais uma noite para ser uma não-entidade, com nenhuma influência sobre as agitações da mente. No mês de Magha (entre fevereiro e março no calendário hindu) a décima quarta noite é chamada Maha Shivaratri (maha, grande). Ela é sagrada porque é o dia em que Shiva (Deus) toma a forma de Lingam, para benefício dos devotos. (...) Nessa noite, pratiquem contemplação sobre o Atma Linga, que é o Jyoti Linga, isto é, o símbolo da Suprema Luz da Sabedoria, e se convençam de que Shiva está no íntimo de cada um de vocês. Que tal visão ilumine a Consciência Interna de cada um. O ritual externo é recomendado para tornar explícita esta mensagem.” (Sai Baba).
  • O Lingam
Sai Baba mostrando o lingan materializado
Shiva é considerado um Deus da fertilidade. 
A junção de Shiva com sua contraparte feminina (shakti) Parvati, é representada pelo linga ou lingam (o falo) que, junto ao yoni (útero), formam uma unidade e promovem a dissolução da dualidade.
O significado literal do termo lingam é emblema, distintivo, signo. O lingam, portanto, é o emblema de Shiva, o símbolo fálico, a energia masculina universal, associada ao poder criador divino. Na Índia, cultuar o lingam e cultuar Shiva é a mesma coisa.
O lingam é representado normalmente em forma ovalada e, nos templos, costuma-se pendurá-lo num recipiente contendo um pequeno orifício no fundo, onde a água é derramada sobre ele incessantemente, em forma de reverência.

Na noite do Mahashivaratri, enquanto os devotos entoam cânticos devocionais, Sai Baba costuma materializar um lingam, que emerge naturalmente da sua boca. 
São momentos que emocionam e enchem de perplexidade os milhares de devotos que os presenciam.
  • Outros símbolos de Shiva
Os olhos entreabertos: mostram que Sua mente está absorta no Ser Absoluto, ao mesmo tempo em que Seu corpo olha e interage com o mundo.
A serpente enroscada em Seu pescoço: representa o ego que, embora venenoso, pode ser dominado e usado como simples adorno.
A lua enfeitando Sua cabeça:simboliza a memória, o ego.
A arma (trishula ou tridente):significa a destruição do ego e seus três desejos: fisicos, emocionais e mentais; significa também a transcendência dos três gunas (satva, rajas e tamas) ou dos três períodos de tempo (passado, presente e futuro).
O tambor (damaru): representa o som da criação; indica que todo o universo segue um ritmo e a uma ordem cíclica. 
O cabelo comprido: demonstra o Seu poder e a Sua grande energia concentrada na busca do conhecimento.
A água jorrando do topo da cabeça: simboliza o sagrado rio Ganges (conhecimento, amrita).
As cinzas que cobrem Seu corpo: são a queima da ignorância, de todas as ilusões e todos os desejos.
O touro Nandi: é o veículo de Shiva. O touro é o símbolo da sexualidade. Sentado sobre ele, Shiva demonstra Seu completo domínio sobre a natureza física.
O demônio debaixo de um dos Seus pés:representa a ignorância e a ilusão, a natureza inferior e animal do ego humano subjugada pelo poder da verdade em ação.
O pé esquerdo levantado do chão e apontando para cima: lembra-nos que devemos nos elevar acima da realidade física para obtermos a libertação.
Kamandalu (pote d’água): representa a renúncia, o ascetismo, a simplicidade (viver apenas com o essencial).
Colares e pulseiras de rudraksha (sementes): A rudraksha é uma semente sagrada que simboliza os olhos de Shiva. Os colares e pulseiras (malas) indicam a disciplina da mente pela meditação.

Os quatro braços: indicam Seu enorme poder de agir nos quatro planos da matéria.
A palma da mão à frente: é o gesto com o qual Ele afirma que não devemos temê-lO, pois na transformação está a solução dos problemas.
As neves do monte Kailasa: a brancura simboliza a pureza da mente.

O verdadeiro aspirante espiritual, aquele que se esforça para obter purificação e transformação interna, vê na comemoração do Mahashivaratri uma oportunidade de entrega, através do jejum e da repetição do Nome do Senhor, entoando mantras e cânticos devocionais.
A prática de cantar e louvar o Senhor, por si, já tem o poder de acalmar a mente inquieta. Essa mesma prática, realizada com fervor na noite em que a lua tem mínima ascendência sobre a mente, tem seu valor potencializado. Por meio dela, a mente pode ser pacificada, para que a Luz Divina possa penetrar sem a resistência do ego.
Da mesma forma que, para transformar-se em árvore, a semente precisa morrer, precisamos sacrificar nossas paixões, desejos e vontades do ego no fogo purificador de Shiva, para renascermos plenamente, como seres divinos que somos.

“Vocês serão imensamente beneficiados por se manterem acordados e cantarem a glória de Deus, pelo menos nesta noite. A Lua é a deidade que preside a mente. A Lua tem dezesseis fases (kalas). No Shivaratri, quinze fases já imergiram em Deus, e somente uma permanece. Pela constante lembrança de Deus, a décima-sexta fase também se funde em Deus. Não podem passar uma única noite, em todo o ano, cantando a glória de Deus? Santifiquem esta noite, participando dos cânticos devocionais (Bhajans). A Bem-aventurança que obtêm dos Bhajans, a doçura que experimentam com o divino nome, a felicidade obtida ao visualizarem a divina forma - estas não podem ser obtidas em outro lugar. Tudo é possível somente através do Amor. Assim, cultivem o Amor e santifiquem suas vidas.” (Sai Baba)
  • Mantras para Shiva
Entoados com concentração e fervor, os mantras dirigidos ao Senhor Shiva trazem em si uma grande força renovadora. Alguns desses mantras são:
Om Namah Shivaya (pronúncia: Om Namá Shivaia. Tradução: inclino-me diante de Ti, Senhor Shiva).
Maha Mruthyunjaya Mantra (considerado um mantra de alto poder de cura): 

Om Trayambakam Yajaamahe Sugandhim Pushti - Vardhanam
Urva - Rukamiva Bandhanan Mrytior Muksheeya Ma - Amritaat

(Pronúncia: Om Traiambakam Iajamarrê Sugandim Puxti Vardanam / Urvá Rukamiva Bandanam/ Mritior Mukxiva Mamritá. Tradução: adoramos aquele de três olhos, o Senhor Shiva, que é naturalmente perfumado, imensamente misericordioso e protetor dos devotos. Adorando-o, possamos ser libertados da morte por amor à imortalidade, assim como o pepino maduro facilmente se separa do talo que o prende. Por Sua Graça, esteja eu em estado de salvação - Moksha - e seja salvo das garras da morte terrível).
http://saibabadivino.blogspot.com.br/p/festivais.html

“O objetivo principal de todo Sadhana (esforço espiritual) é eliminar a mente para tornar-se A-manaska. Então, a ilusão desaparecerá e a Realidade será revelada. Durante a quinzena escura do mês, Sadhana deve ser feito todos os dias para eliminar uma fração da mente, pois, a cada dia, uma fração da Lua diminui. Em Chathurdasi (a décima quarta noite), a noite de Shiva, apenas uma fração da Lua permanece. Se algum esforço especial for feito nessa noite, por meio de Sadhana maisintenso e vigilante, como puja, japa, dhyana (ritual de adoração e meditação), o sucesso é garantido. Assim, deve-se meditar nessa noite, a cada mês, sem que a mente se afaste em direção a pensamentos de sono ou comida. Uma vez por ano, no Mahashivaratri, recomenda-se um esforço vigoroso especial de atividade espiritual, de modo que Shavam (cadáver) possa se tornar Shivam (Deus), por meio da conscientização de seu perpétuo Morador Divino. Dedique a vigília dessa noite de Shivaratri à Shiva presente dentro de cada um de vocês.”

Sathya Sai Baba

sábado, 25 de janeiro de 2014



Maha Shivaratri – A Love Story

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Today is the long night of Shiva, known as the Maha Shivaratri in India. This is either the anniversary of Shiva’s marriage of the anniversary of the day he gave us the Tandava, the madly perfect dance of creation and destruction that has been preserved throughout countless cosmic centuries.
Shiva is the God of the times. He is a god who howled and loved like tomorrow didn’t exist, who had his heart broken a hundred times when Sati burst into flames. A God who danced at funerals got stoned and forgave even the most hideous self-serving sinful lifetime for one act of perfect devotion.He is the god of destruction, his breath is in the flower just past praying, the gap between life and death. He swallows the poison of the world and is attended by witches and ghouls, destruction does not discriminate.
After the sudden and shocking death of my own husband, Shiva felt a lot closer to my heart than Hosanna on high. I set out on a search to reveal the hidden mystery of Shiva, a journey that became the story of my life but which began in a small way, I would ask locals for their favourite story of Shiva. The biggest delight was to watch as people step into the role of the God they were portraying. Effortlessly and in true story teller style they would slip between narration and participation with others on the side line adding to the tale. It was street theatre at it’s very best.
Here is one of my favourite tales of Shiva as told to me in a small chai shop in the outskirts of a Rajasthan village with a whole lot of people joining in and building to the tale.
Parvatti was born from the great chain of mountains, Himalaya and his wife Meena the heavenly being. Since she was the reincarnation of Sati, Parvatti was born with her heart set on Shiva. At first she swam the mighty Ganga every day to bring flowers to her beloved where he sat in a cave in Kailash in deep meditation. Shiva just puffed on his chillum and ignored her.
Then Parvatti left the palace in the mountain kingdom and dressed herself in the bark of a tree. She meditated for years in the forest, performing many heat generating austerities to win Shiva’s attention.
After a thousand years and some heavy intervention by the gods of love and desire, including Indra himself, Shiva’s heart melted. He fell in love with the most devoted of his devotees and the marriage was arranged.
When the day of the wedding arrived, there were great celebrations in the mountain kingdom. All the gods in heaven were present in their many aspects. They made a glittering sight as they marched across the celestial world to the wedding venue which had been especially constructed by the same architect who had built heaven.
Parvatti, as beautiful as the dew on a mountain range and anointed in oils, stood at her window with her mother, Meena, and watched the wedding guests arrive.
“How gorgeous!” said Meena when she saw a golden figure arrive, as handsome as the day, riding a white elephant and accompanied by a chorus of heavenly dancers and musicians.
“That is Indra, king of the heavens,” said Parvatti.
“Shiva must be even more beautiful then,” said Meena.
“He is to those who love him,” said Parvatti with a secret smile.
Mena waited a long time for a glimpse of her son in law. Eventually just as evening was about to set in, a roar arose from the outskirts of the kingdom. Shiva had arrived! A savage swarm of goblins and witches, trolls and demons, lunatics with heads swivelling three hundred and sixty degrees all of them wildly intoxicated and behaving outrageously surrounded a beggar riding on a white bull. He was dressed in a tiger skin, smeared with ashes, his hair matted into filthy locks and he was obviously just as intoxicated as his hideous attendants. Mena could hardly believe her eyes. She motioned to the guards to remove this clown before the groom arrived in all his divine glory.
“Shiva!” cried Parvatti, her face luminous with love.
Meena felt as if she had been slapped. Promptly renaming her daughter Uma (Oh No!), she ordered the palace gates slammed shut in Shiva’s face and declared the marriage “Off.”
Parvatti prayed to Shiva to appear as the groom everyone wanted to see and the next day he appeared as a golden skinned youth dripping words of honey to his mother in law.
“Did they live happily ever after?” I ask.
“Shiva is Shiva and Parvatti is Shakti. It is necessary that they fight and make love in equal balance,” explains a man.
My first clue, Shiva is the Shamanic god of the heart that is wild and free. But to find him, one must endure fire.”


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Quick Facts : Maha Shivratri


Date: Mar 10, 2013Type: ReligiousAlso Called: Shivratri
Celebrations: Worshiping Lord Shiva, fasting
Maha Shivratri
Image Courtesy:

Maha Shivratri , o que se traduz literalmente como " grande noite de Shiva " é um festival Hindu amplamente comemorado na Índia , bem como no Nepal. O festival é celebrado no dia da lua nova no mês de Maagha acordo com o calendário Hindu . O dia é comemorado para venerar o Senhor Shiva , uma divindade importante na cultura hindu.
Existem muitas lendas mitológicas associadas a este dia. De acordo com uma lenda popular, quando um caçador não poderia encontrar qualquer coisa para matar a sua comida em uma floresta , ele esperou no galho de uma árvore Woodapple . Para atrair veados , ele começou a jogar as folhas da árvore no chão , sem saber que havia um Shiva Lingam debaixo da árvore . Satisfeito com as folhas Woodapple ea paciência do caçador, acredita-se que o Senhor Shiva apareceu na frente do caçador e abençoou-o com sabedoria. Daquele dia em diante , o caçador parou de comer carne.

Outra lenda diz que após a Terra foi confrontado com uma destruição iminente, deusa Parvati se comprometeu com o Senhor Shiva para salvar o mundo . Satisfeito com suas orações , o Senhor Shiva concordou para salvar o mundo , sob o pretexto de que o povo da Terra teria que adorá-lo com dedicação e paixão. A partir desse dia , a noite veio a ser conhecido como Maha Shivratri e as pessoas começaram adorando Shiva com um grande entusiasmo.

Alguns folclore também consideram que este é dia de Shiva como esta se acreditava ser a resposta dada por Lord Shiva , quando perguntado sobre o seu dia favorito deusa Parvati .
Maha Shivratri é um festival hindu , que é celebrada por pessoas que seguem o hinduísmo na Índia. As pessoas muitas vezes rápidos na noite de Shivratri e cantam hinos e louvores em nome do Senhor Shiva . Templos hindus em todo o país estão decorados com luzes e decorações coloridas e as pessoas podem ser vistos oferecendo a noite orações a Shiva Lingam . Folhas Woodapple , água fria e leite são oferecidos ao Shiva Lingam neste dia , pois acredita-se ser o favorito de Lord Shiva.
Acredita-se que as pessoas que rapidamente nesta noite e oferecer orações ao Senhor Shiva trazer boa sorte em sua vida . Os mais populares celebrações Maha Shivratri lugar em Ujjain, acredita-se ser o local de residência do Senhor Shiva. Grandes procissões são realizadas em toda a cidade , com as pessoas lotando as ruas para ter um vislumbre do ídolo venerado do Senhor Shiva .

Maha Shivratri Observances



DayYearDateHoliday Name
Wed2008Mar 05Maha Shivaratri
Mon2009Feb 23Maha Shivaratri
Fri2010Feb 12Maha Shivaratri
Thu2011Mar 03Maha Shivaratri
Mon2012Feb 20Maha Shivaratri
Sun2013Mar 10Maha Shivaratri
Thu2014Feb 27Maha Shivaratri

India holidays celebrated in year 2014



DayYearDateHoliday Name
Wed2014Jan 01New Year's Day
Mon2014Jan 13Prophet's Birthday
Tue2014Jan 14Makar Sankranti / Pongal
Sun2014Jan 26Republic Day
Thu2014Feb 27Maha Shivaratri
Mon2014Mar 17Holi
Fri2014Apr 18Good Friday
Thu2014May 01Labor Day
Sun2014Jun 29Rath Yatra
Tue2014Jul 29Eid-ul-fitar
Sun2014Aug 10Raksha Bandhan
Fri2014Aug 15Independence Day
Sun2014Aug 17Janmashtami
Fri2014Aug 29Vinayaka Chaturthi
Sun2014Sep 07Onam
Thu2014Oct 02Mathatma Gandhi Jayanti
Sat2014Oct 04Dussehra / Dasara
Sun2014Oct 05Bakri Id / Eid Ul-adha
Thu2014Oct 23Diwali / Deepavali
Mon2014Nov 03Muharram
Thu2014Dec 25Christmas
http://www.calendarlabs.com/holidays/india/maha-shivratri.php