terça-feira, 13 de outubro de 2015

Navratri – o Festival das nove noites - O Festival conhecido como Dasara ou Navarathri



"O Festival conhecido como Dasara ou Navarathri, ou simplesmente Festival da Mãe Divina, é também um dos mais importantes do Hinduísmo. Ocorre geralmente entre os meses de setembro e outubro, sem uma data fixa, por se guiar, como a maioria dos festivais hindus, pelo calendário lunar. É uma homenagem à Divina Mãe Universal. Pouco conhecido no Ocidente, na Índia é amplamente festejado durante nove dias. Em Prashanti Nilayam, os devotos celebram a data todos os anos, na presença de Bhagavan.
Sai Baba diz: “Para adquirir a Graça do Senhor, o homem tem que, primeiro, oferecer adoração a Prakriti. Por um lado, você precisa do esforço humano e, por outro lado, você tem de adquirir a Graça do Divino. Prakriti (Natureza) e Paramatma (o Ser Supremo) são como pólos negativo e positivo na eletricidade. Por mais poderoso que seja o Senhor (como pólo positivo) não pode haver criação sem Prakriti (representando o pólo negativo). A base para a criação é Prakriti. Por exemplo, por melhores que sejam as sementes, sem plantá-las no solo, você não poderá colher os frutos”.
O Poder Divino em ação na Natureza é simbolizado pelo aspecto Mãe, denominado Shakti. É a Deusa com todo o seu poder que anima e coloca o universo em movimento. No hinduísmo essas duas polaridades, masculina e feminina, são bem marcantes e inseparáveis, como os dois lados da moeda. O poder masculino só se manifesta por meio da sua contraparte feminina; esta, por sua vez, só se revela plena quando está unida ao seu polo masculino.
Navarathri ou Dasara representa a vitória do bem sobre o mal; da luz sobre a obscuridade; da virtude sobre o vício. E essa vitória é concedida à humanidade pelo poder de Shakti, a Deusa, a Invencível: o poder da Divina Mãe. Navarathri significa, literalmente, "nove noites”. Cada uma das três Mães Divinas (Durga-Kali, Lakshmi e Saraswati) é especialmente homenageada nessa grande festa. Os três primeiros dias são dedicados ao louvor e adoração do aspecto Durga; os três dias seguintes são consagrados ao aspecto Lakshmi e os três últimos dias são oferecidos ao aspecto Saraswati.
Durga, Laksmi e Saraswati, com sua potente energia transformadora, foram capazes de vencer o ego, derrotando os seis inimigos do homem, instalados em sua própria consciência interna. São eles: 1) a sensualidade, a luxúria; 2) o rancor, a animosidade; 3) a ambição, a avidez; 4) o apego; 5) o orgulho, a soberba e 6) o ciúme, a malícia. Estas características primárias denigrem o homem, impedindo sua caminhada rumo ao autoconhecimento, rumo à expansão da consciência.
Por tudo isto, o Navarathri é considerado um período altamente auspicioso, que deve ser aproveitado pelo aspirante espiritual para sua autotransformação. Rituais védicos são realizados em toda a Índia. No Ashram de Sathya Sai Baba, brilhantes eruditos fazem pronunciamentos e rituais na presença daquele que representa a encarnação de todas as virtudes. O próprio Sai Baba também profere discursos inspiradores nesse Festival, explicando-nos o seu simbolismo e a sua relevância.
Nesses discursos, Sai Baba nos lembra que Dasara também significa reverência à Mãe Natureza: "A celebração de Navarathri é uma ocasião para reverenciar a Natureza e para refletir como é que os recursos naturais podem ser adequadamente utilizados nos melhores interesses da humanidade. Recursos como água, ar, energia e minerais devem ser usados apropriadamente e não, mal utilizados ou desperdiçados. A economia no uso de todo recurso natural é vital. O mundo é um globo. Vocês sabem que o equilíbrio deve ser mantido para que ele permaneça estável."
Sri Sathya Sai Baba.

Navratri – o festival das nove noites






Por Bhanu Didi
Simbolizando vitória da positividade sobre a negatividade, Navrati literalmente significa ‘nove noites’ in Sânscrito; Nav- Nove e Ratri – noite. Durante estas nove noites e dez dias, as três formas de divindade feminina - Durga, Lakshmi e Saraswathi – são invocadas.
Em meio à grande celebração, a mente pode ser levada e sair facilmente do seu centro. Frequentemente em qualquer celebração, a mente vaga por toda parte. Então para trazer a mente de volta para o centro, nós mantemos um alegre silêncio com consciência, conhecimento. A mente está sempre condicionada a um padrão, a um modelo.
Logo isso é como condicionar a mente a um certo padrão que conduz ao crescimento. Os três primeiros dias são tamásico, os próximos três rajásico e os últimos três dias sáttvico.  Na vida, todas essas três qualidades coexistem e nós temos que habilidosamente passar por elas. Estes três dias são para lembrar isto. É o despertar da Divindade – aquela qualidade da Mãe Divina da qual não se nega nada e ainda promove as boas qualidades.   
Apoiando a positividade em nós e jeitosamente removendo a negatividade pode ser aprendido através do chamado e pelo despertar do Divino em nós. Isto é o que é realizado em Chandi Homa.
Sem consideração com as qualidades da criança, a mãe sempre ama seu filho. Idêntico é com a Mãe Divina.
Toda essa força nos apóia e põe para fora as qualidades divinas em nós. Isto pode acontecer somente quando praticamos nosso sadhana. Estes nove dias são para lembrarmos-nos de sermos bons sadhak (buscador) e claro, nada disso pode mudar sem a graça do Mestre e nós somos muito afortunados de ter a sua graça em abundância.
É dito nas escrituras que qualquer um perceber o ego através do sadhana, seva, satsang e da graça do Guru.
Estes nove dias são uma oportunidade de se tornar completo com o sadhana, seva, satsang e naturalmente, com a graça do Mestre que está sempre com nós.
A escritora do texto é a irmã de Sri Sri Ravi Shankar, professora de meditação, e Diretora dos programas de auxílio à Mulher e Criança da Arte de Viver.

link do site original: http://www.artofliving.org/br-pt/navratri-%E2%80%93-o-festival-das-nove-noites 

"Em primeiro lugar, as tendências negativas devem ser controladas; em segundo, as virtudes devem ser enraizadas; em terceiro, após ganhar a pureza mental necessária, o conhecimento espiritual precisa ser adquirido." – Amma

NAVARATRI

Como outros festivais na Índia, Navaratri tem um significado muito rico. De um modo, Navaratri simboliza o processo do aspirante espiritual. Durante essa jornada espiritual, o aspirante deve passar por três estágios personificados por Durga, Lakshmi e Saraswati. Depois ele ou ela entram no plano do infinito, onde a pessoa realiza o Ser. Navaratri, que literalmente significa “nove noites”, dedica três dias de adoração para o Divino nas formas de Durga, Lakshmi e Saraswati. O décimo dia, no entanto, é o mais importante, e é conhecido como o “Dia da Vitória”.

A razão por trás da adoração de Durga, Lakshmi e Saraswati está enraizada na filosofia em que o Absoluto - ausente de atributos, só pode ser conhecido através do mundo de atributos – a jornada do conhecido ao desconhecido. Assim, é dito que Shiva, que simboliza a consciência pura, só pode ser conhecido através de Shakti, que representa a Divina Energia. E é por isso que as pessoas adoram Shakti, que é Devi, em Suas várias manifestações.
As diferentes fases do processo espiritual são refletidos em seqüência durante as celebrações de Navaratri. Durante os três primeiros dias, Durga é adorada. Ela personifica o aspecto de Shakti que destrói as nossas tendências negativas. O processo de tentar controlar nossos sentidos é similar a guerra onde a mente resiste a todos as tentativas de controle sobre ela. Assim, nas estórias dos Puranas (escritura) simbolicamente descreve Devi na forma de Durga, guerreira que destrói os Asuras (demônios).

Todavia, conseguir alívio temporário das garras das vasanas não garante a Liberação permanente. As sementes das vasanas se manterão dormente internamente. Por isso, devemos banhá-las com qualidades positivas. O Bhagava Gita se refere a essas qualidades como daiva-sampat, que literalmente significa “Riqueza Divina”. Conseqüentemente a adoração a Lakshmi acontece nos três dias seguintes. Lakshmi não somente concede a riqueza e prosperidade mundana, Ela concede de acordo com a necessidade de Seus filhos.

Somente aquele possuído de daiva-sampat, estará apto a receber o conhecimento do Supremo. Assim, os três últimos dias são dedicados a Saraswati, a incorporação do Conhecimento. Ela é descrita usando sari puro-branco, que simboliza a iluminação da Verdade Suprema.
O décimo dia é Vijaya Dashami, ou festival da vitória, que simboliza o momento em que a Verdade nasce no interior. Com isso, a significância de cada estágio de adoração tem claras parábolas correspondentes aos diferentes estágios da Sadhana (práticas espirituais). Primeira: as tendências negativas precisam ser controladas; segundo: as qualidades necessitam ser assimiladas; terceira: depois de ganhar necessária pureza mental, conhecimento espiritual deve ser adquirido. Somente então, o sadhak (aspirante espiritual) irá atingir a iluminação espiritual.

terça-feira, 9 de junho de 2015

A SAGRADA FAMÍLIA

Skanda, o Irmão de Ganesha

É interessante que no Hinduísmo Ganesha é representado como tendo um irmão; seu nome é Skanda, entre muitos outros nomes, como Kartakeya, Subramanya, ou Murugan.
Neste desenho, Shiva representa o Terceiro Logos, parte da trindade acima, e nós vemos sua esposa Parvati ou Uma, e no colo seus dois filhos, Ganesha e Kartakeya.
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No Shiva você pode ver a trindade várias vezes, não só a trindade de sua equipe, mas a trindade em sua testa e o OM na palma da mão; esses são todos os seus poderes, que ele passa por sua esposa Parvati em seus filhos.
Kartakeya ou Skanda é o Deus da guerra no hinduísmo. Aqui encontramos um belo símbolo, que, se você estudouKabbalah , você pode imediatamente começar a ver o que tudo isto significa. Ganesha está relacionada com Chesed (Misericórdia, Júpiter) e Skanda está relacionada com Geburah (Severidade, Marte).
Ganesh como o senhor do conhecimento e da sabedoria é o chefe geral dos exércitos Shivas. Seu irmão Skanda também é um Deus de guerra e um general dos exércitos Shivas. Que tipo de guerra que estamos falando? É a guerra do Mahabharata, na qual Krishna aconselha Arjuna a batalha contra si mesmo. Este é o verdadeiro jihad: uma guerra espiritual contra nossos defeitos internos.
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Ganesha e Kartikeya
Os generais que levam os exércitos do Deus Ganesha e são Skanda. Este símbolo não é exclusivo para o hinduísmo;vemos esses dois irmãos que trabalham juntos em outras tradições também. Mencionei mitologia egípcia em que vemos Horus como o agente do Divino; seu irmão é Seth.
horus set
A resolução de conflitos e final dessa relação fornece o fundo dramático para os mistérios egípcios. No Egito, Horus e Seth ter sido representado de muitas maneiras, mas nesta imagem particular que você pode vê-los como iguais, tanto que puxa em uma haste central, uma djed. O djed representa a nossa coluna vertebral. Horus e Seth representam forças ou energias, arquétipos em nós, que estão trabalhando para estabilizar a nossa coluna vertebral, para torná-lo ficar de pé. A maneira como eles fazem isso é jogando uns contra os outros. Nos mistérios egípcias, Seth coloca obstáculos e Horus supera-los. Isso tudo é incorporado em Ganesha.
Ganesha coloca obstáculos e também supera-los. Neste sentido, podemos ver que ele trabalha lado a lado com seu irmão Skanda.
Não temos tempo hoje para ir em detalhe na história de Skanda, mas poderia, em uma palestra futuro.

Página com muitas informações

Este Blog contem muitas informações sobre mantras e suas histórias

http://yogalucianaperez.blogspot.com.br/2011/06/mantras.html


Outro Site com muitas informações

http://gnosticteachings.org/courses/teachings-of-the-hindu-gods/1759-ganesha-lord-of-beginnings.html